Muito estranho o alvoroço de algumas comunidades judaicas sobre o mais recente blockbuster do cinema mundial, o filme "A Paixão do Cristo", de Mel Gibson.
E, amigo leitor, antes que você ache que eu me distraí na hora de escrever o título do filme, lembro que é assim mesmo que este se escreve. Para que o título em português fosse "A Paixão de Cristo" o original em inglês teria de ser "The Passion of Christ". Na hora de se patentear a obra, contudo, descobriu-se que esse título já havia sido registrado. Partiu-se, então, para uma adaptação e a saída foi colocar o "the" após o "of", no título original, que acabou ficando: "The Passion of The Christ", em português: "A Paixão do Cristo".
Mas, detalhes semânticos à parte, eu dizia que considero muito estranha essa polêmica fomentada por algumas comunidades judaicas, em diversos países, sobre o filme que registra as últimas doze horas da vida de Jesus Cristo.
Argumentam, tais entidades, que a fita de Gibson induz o espectador a considerar que a morte de Jesus foi responsabilidade dos judeus - quando esta, segundo eles, teria sido dos romanos. Reivindicam que isto já foi admitido pelo Concílio Vaticano II, e que a divulgação da fita pode instaurar nova onda de ódio e perseguição aos judeus, e por aí afora.
Ora, a não ser que o que está escrito em minha Bíblia seja uma versão "adaptada", cabe a pergunta: Afinal, não foram os membros do Sinédrio - sacerdotes judeus, - que se empenharam em incriminar Cristo diante das autoridades romanas? Que insistiram com Pôncio Pilatos por uma punição exemplar daquele blasfemo que ousava se autoproclamar "O Filho de Deus?".
Naturalmente Roma também teve sua parte nisto, por ter se permitido manipular, e que a ordem final para a crucifixão foi dada por Pilatos. Mas todo o trabalho de bastidores coube a quem? Quem, naquele instante, estava se sentindo verdadeiramente incomodado com a crescente popularidade do carpinteiro galileu, pródigo em sinais e maravilhas? Seria mesmo o Império Romano, que mal dele tinha ouvido falar e que preferia ficar distante das disputas religiosas daquele povo?
Na verdade, como o próprio Gibson e Jim Caviezel (o autor que interpreta Jesus no filme) têm repetido em suas entrevistas, a culpabilidade sobre a morte de Cristo recai sobre cada um de nós, seres humanos, já que somos todos pecadores e Cristo foi crucificado em nosso lugar... de cada um de nós!
Descabida, portanto, toda essa grita, essa paranóia dos que estão se sentindo especialmente perseguidos e culpados pelo que aconteceu com Jesus. Que se aquietem, pois a humanidade já tem maturidade suficiente para entender que somos, todos nós, culpados pelo que aconteceu... E que por mais que nós, brasileiros, tenhamos algumas diferenças com eles, especialmente entre as quatro linhas de um gramado, sinto muito, mas, desta vez, não dá mesmo para culpar os argentinos!
Pena que aja tanta discussão por coisas secundárias tirando o foco do sacrifício vivo de Jesus Cristo...de toda sua dor e sofrimento para nos libertar de nossos pecados!! Quanto amor!!! E os caras ainda querem ficar discutindo ..fala sério!!!!
Ótimo artigo...parabéns!!!! Vc é meu orgulho...hihi...
Realmente é muito estranha essa reação dos judeus...o pior de tudo é que eles culpam inteiramente os romanos, se isentando de culpa...quem gritou "Barrabás" então? só podem ter sido os argentinos.....